Apavorado com a perspectiva de greve dos caminhoneiros, Jair Bolsonaro determinou o cancelamento do aumento do óleo diesel anunciado pela direção da Petrobras e o governo federal fez juras de amor à categoria em Brasília na última terça-feira (160), quando divulgou um conjunto de medidas para acalmar o ânimo dos trabalhadores. Mas não agradou muito porque deixou de ceder no essencial, que é a mudança da política de preços da Petrobras e a efetivação da tabela do frete negociada com Michel Temer.
Por esta razão, os caminhoneiros já falam em nova paralisação nacional para 21 de maio, quando se completa um ano da greve que abalou o governo Temer em 2018. O movimento acontecerá se houver qualquer reajuste no óleo diesel e se o piso mínimo do frete continuar a ser desrespeitado.
“Se o diesel aumentar um centavo que seja e não houver efetiva fiscalização da aplicação do piso, a gente para no dia 21, quando a greve do ano passado completará um ano”, garante o caminhoneiro Wanderlei Alves, o Dedéco, de Curitiba (PR), um dos integrantes da rede de lideranças da categoria, em entrevista à jornalista Leila Souza Lima, do Valor Econômico
Segundo o caminhoneiro, as representações que atuam hoje em Brasília junto ao governo federal não têm controle sobre caminhoneiros de todo o país. “Há de 20 a 30 lideranças espalhadas por todos os Estados se comunicando em articulação. Eles podem dizer com todas as letras que não vamos parar, mas nós vamos se nada for feito”, promete Alves.
Fonte: Com 247
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