O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) lançou, na manhã desta quinta-feira (25), na sua sede, na região central de São Paulo, um estudo intitulado Índice da Condição de Trabalho (ICT), que fez um levantamento de dados acompanhando as condições de inserção dos brasileiros no mercado de trabalho, o que apresentou uma piora considerável na renda e na qualidade de vida da população a partir de 2015.
“Esses dados são importantes já que reforçam os argumentos que o movimento sindical tinha de que a reforma trabalhista não iria gerar empregos, mas sim, iria precarizar as relações de trabalho e, com isso, aumentar os subempregos, que são formas de contratação sem qualquer tipo de seguridade social, diminuindo a renda da população e, por consequência, piorando a qualidade de vida do trabalhador”, disse José Gonzaga da Cruz, vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que esteve no evento representando a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
O estudo, é um indicador baseado nos dados trimestrais apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde o ano de 2012.
Segundo os dados, que seguem um critério de avaliação de 0 a 1, em que quanto mais próximo de zero indica a piora do ICT, em 2014 o índice de desocupação chegou a 0,90, extremamente baixo. Os mesmos critérios avaliados em 2018, mostram que esse indicador chegou a 0,30, o que representa uma queda vertiginosa e uma piora no mercado de trabalho.
Outro ponto que merece destaque é que em relação a Inserção Ocupacional que apresentou uma alta das ocupações desprotegidas.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, a ideia foi a de reunir fatores que pudessem avaliar as condições de trabalho no País. “O Brasil está passando por mudanças profundas no mercado de trabalho, por isso a ideia de um estudo para avaliar de que forma essas mudanças estão interferindo na melhora ou na piora da qualidade de vida dos trabalhadores”, disse.
Fonte: UGT – 26/04/2019
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