Na manhã desta segunda-feira (03), mais de 30 trabalhadores e trabalhadoras do Supermercado Bergamais compareceram a sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo para receber cheques indenizatórios provenientes de uma ação coletiva que o departamento jurídico do Sindicato ganhou contra a empresa que não respeitava as leis trabalhistas.
Esse dinheiro, inesperado para muitos trabalhadores, foi fruto de um questionamento feito pelo Sindicato em relação a jornada de trabalho dos funcionários do supermercado. “Hoje, a lei é clara ao afirmar que ninguém pode trabalhar 7 dias consecutivos”, explicou Josimar Andrade, diretor do Sindicato dos Comerciários no momento da entrega dos cheques.
Josimar explicou para os trabalhadores a importância do Sindicato forte e representativo, para defender os interesses da categoria. “Hoje, o funcionário que é contratado pelo Bergamais acha que a empresa fornece comida mais barata aos trabalhadores de livre e espontânea vontade, não é??? Mas não é verdade, ali teve influencia e negociação do Sindicato, que fechou clausula de convenção coletiva dizendo que empresas com mais de 350 funcionários precisava fornecer alimento”.
O diretor explicou que individualmente nenhum trabalhador pode questionar a empresa onde trabalha, nem tão pouco exigir algo do seu interesse ou do coletivo porque se assim fizer, esse trabalhador será demitido, por isso que existe o sindicato, para questionar a empresa caso ela não esteja de acordo com as leis trabalhistas, para exigir dignidade aos trabalhadores e trabalho decente.
“Se o Sindicato dos Comerciários de SP não fosse forte e atuante, hoje esta categoria não teria piso salarial e teria que receber R$ 998, o valor do salário mínimo. A partir das lutas que nós do sindicato tivemos com o setor patronal, conseguimos que o piso da categoria fosse quase 50% maior do que o mínimo nacional, isso é conquista sindical”, disse o sindicalista.
Josimar usou esse exemplo para reforçar a importância dos trabalhadores estarem filiados a entidade e não fazerem carta de oposição no período da assinatura da Convenção Coletiva. “As empresas mandam seus funcionários fazerem carta de oposição porque elas não querem que sindicato exista, sindicato forte representa um corpo jurídico para lhes cobrar na justiça. Os trabalhadores ficam mais atentos em relação aos seus direitos”.
Fonte: UGT – 04/06/2019
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