Bolsonaro sempre mostrou seu apreço pela ditadura, principalmente a dos militares por 20 anos. Frases como: “O erro da ditadura foi torturar e não matar”, entre outras, e desde o início do seu governo vem flertando com o golpismo, principalmente quando ataca o sistema eleitoral brasileiro e o STF, o que tem causado apreensão em governos pelo mundo.
A mais nova manifestação contra os arroubos golpistas do chefe do executivo do Brasil é do presidente do Chile, Gabriel Boric ao dizer que a “América Latina tem que reagir em conjunto para impedir” um possível golpe.
“Foi muito emocionante ver a carta de São Paulo, que leva um milhão de assinaturas em favor da democracia, com a transversalidade dos signatários. Foi um sinal da sociedade brasileira”, disse Boric durante entrevista para a revista Time.
Boric ainda comparou com o que ocorreu na Bolívia, quando Jeanine Áñez chegou ao poder após um golpe que tirou Evo Morales da presidência.
Bolsonaro cita Boric em debate
No debate entre os candidatos a presidente que foi realizado no último domingo (28) ao dizer que Gabriel Boric queimou metrôs nos protestos no Chile.
A menção do presidente irritou a diplomacia chilena. “Consideramos essas acusações gravíssimas. Obviamente são absolutamente falsas, e lamentamos que em um contexto eleitoral as relações bilaterais sejam aproveitadas e polarizadas por meio da desinformação e das notícias falsas”, disse a ministra das Relações Exteriores, Antonia Urrejola, na segunda (29).
Depois da fala do presidente brasileiro, o Chile convocou o embaixador do Brasil em Santiago, paulo Roberto Soares. A chancelaria chilena também destacou que Boric já manifestou publicamente ter diferenças com seu homólogo, mas defendeu a importância da manutenção das boas relações entre os países.
Fonte: Redação Mundo Sindical – Manoel Paulo com informações da Folha de São Paulo / Foto: Rodrigo Garrido/Reuters – 31/08/2022