O início de 2023 teve uma explosão em resgates de trabalhadores em situação análogo a escravidão e em 2022, mesmo sob governo Bolsonaro, o Brasil bateu recorde de pessoas resgatadas no meio rural. O levantamento foi feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mostrou dados preocupantes.
Em 2022, foram 2.218 trabalhadores resgatados em 207 casos registrados. Um recorde nos últimos dez anos.
Quando comparado com o ano de 2021, o aumento registrado foi de 29% no número de resgatados e de 32% na quantidade de casos. O setor sucroalcooleiro (produção de açúcar, álcool e outros derivados da cana-de-açúcar) teve o maior número de pessoas resgatadas: 523 trabalhadores.
O número revelado pela CPT refere-se somente às pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão no meio rural. Este dado representa 88% do total de pessoas libertas dessa condição no país (2.516), sendo os outros 12% de trabalhadores resgatados de atividades laborais nas cidades.
Ainda segundo o levantamento, 62% dos resgatados estavam trabalhando, principalmente, em monoculturas.a
“Contudo, esses dados não representam o total de pessoas que trabalham em condições sub-humanas no campo brasileiro, uma vez que nem todas as ocorrências são notificadas ou mesmo descobertas”, diz a CPT.”
Veja as regiões que mais ocorreram os crimes:
- Minas Gerais: 62 casos, com 984 pessoas resgatadas
- Goiás: 17 casos, com 258 pessoas resgatadas
- Piauí: 23 casos, com 180 pessoas resgatadas
- Rio Grande do Sul: 10 casos, com 148 pessoas resgatadas
- Mato Grosso do Sul: 10 casos, com 116 pessoas resgatadas
- São Paulo: 10 casos, com 87 pessoas resgatadas
Fonte: Redação Mundo Sindical – Manoel Paulo com infomações do g1 – 18/04/2023