CTB participa de Seminário Conjunto das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

 

Os desafios da atual conjuntura política foram debatidos nesta segunda-feira (5), no Seminário Conjunto das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizado em São Paulo (SP), no Espaço Cultural Elza Soares, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), esteve presente com o vice-presidente, Ubiraci Dantas, o secretário de Políticas Sociais, Esporte e Lazer, Carlos Rogério Nunes, o secretário de Relações Internacionais, Nivaldo Santana, e o secretário de Imprensa e Comunicação, Anderson Guahy.

Além de debaterem a unidade contra avanço da extrema-direita, o seminário definiu o calendário de lutas. Entre as datas que as frentes organizam ações, estão:

  • 22 a 24 de fevereiro:  jornada latino-americana anti-imperialista em Foz do Iguaçu;
  • 8 de março: Dia Internacional da Mulher;
  • Março das mobilizações dos atingidos por barragem;
  • Abril de Lutas: mobilização no campo, dos sem-terra aos indígenas;
  • 1 de maio: Dia do Trabalhador;
  • 5 de junho: Mobilização mundial convocada pela Via Campesina Internacional para combate às mudanças climáticas;
  • 20 de maio pela libertação do ativista Julian Assange;
  • Junho a outubro: campanha eleitoral;
  • 18 e 19 de novembro – G20 no Rio de Janeiro.

O vice-presidente nacional da CTB, Ubiraci Dantas “Bira”, na sua intervenção, destacou a vitória de Lula nas eleições 2022, mas lembrou que é preciso manter a mobilização. “Tivemos o primeiro embate político. Vencemos. Foi uma vitória muito significativa para o povo brasileiro. Eles estavam com tudo na mão, mas não estavam com todo o povo. Conseguimos derrotá-los [bolsonaristas]. E agora a consolidação da democracia está diretamente ligada ao bem-estar do povo. Porque se o povo não estiver bem é um terreno fértil para que o fascismo e a ignorância ganhem espaço em nosso país”, disse.

Na sequência elogiou a nova política industrial anunciada pelo governo, ainda que seja necessário destinar mais recursos para a sociedade do que para o setor financeiro, como ainda acontece, colocou Bira.

O secretário de Políticas Sociais, Esporte e Lazer falou sobre a participação ativa da unidade no seminário. “Construímos uma agenda conjunta e reafirmamos o papel da democracia e da participação popular para o governo Lula efetivamente é executar o seu programa de governo e escutar os movimentos sociais, os movimentos populares desse ano em 2024. Esse seminário conjunto teve a presença de quase 300 militantes dos movimentos sociais, a maioria das entidades nacionais, geralmente aqui de São Paulo e ou de Brasília, dos estados mais próximos. E na internet aproximadamente 200 pessoas. Então podemos dizer que contou com a participação de quase 500 militância e ativistas sindicais de todo o Brasil”, contou Carlos Rogério.

Plano para lutas populares

Antes de as propostas serem defendidas pelos movimentos presentes assim como a organização para o calendário oficial de lutas que ainda deverá ser alvo de novo debate após as deliberações dessa segunda-feira serem levadas para discussões setoriais, o integrante da direção nacional do MST, João Pedro Stedile, ressaltou a relevância do retorno de comitês populares nas periferias e a necessidade de que a luta travada envolva as massas e que seja unitária e nacional.

“É necessário fazer a luta ideológica de forma permanente, porque um dos aspectos da luta de classes hoje é a disputa pela hegemonia e das ideias com a extrema-direita. Mas nós, da esquerda, precisamos levar em conta que esta luta ideológica deve ser com as massas, não basta redes sociais etc. Isto implica a reflexão, precisamos voltar a usar a arte, a cultura, como forma de fazer o debate ideológico”, explicou ao lado de Rud Rafael da Frente Povo sem Medo.

Com informações: vermelho.org

 

Fonte:  Portal CTB – 06/02/2024